segunda-feira, 13 de maio de 2013

Raissa Souza nº22
Tema: Biografia de Aziz Ab'saber




Herdeiro de uma filosofia nos moldes das antigas escolas de formação humanística, o professor Aziz Nacib Ab’Saber é dono de uma importante trajetória intelectual associada à geografia, às ciências humanas e à sociedade em geral. Embora geógrafo especializado em geomorfologia. Aziz fazia parte de uma geração de cientistas rara, com formação escolar holística, característica da educação pública brasileira até os anos 1960. Nela, valorizavam-se a transmissão do conhecimento, a preparação do aluno para compreender o mundo na sua totalidade e o saber como algo constituinte da soma interdisciplinar das diferentes ciências. Essa herança resulta dos ensinamentos das escolas da Grécia Antiga, em que os filósofos também possuíam conhecimento de Matemática, Medicina e Economia, entre tantos outros campos do saber. Enfim, dedicavam-se a resolver os mistérios da vida em todos os seus aspectos, do natural ao social, do universal ao particular. Sua produção acadêmica tem grande relevância para vários campos do saber e vem carregada de inovações no uso do método para analisar as questões associadas à dinâmica da natureza e da relação do homem com seu espaço geográfico. Conhecedor como poucos do território brasileiro em suas múltiplas escalas, Ab’Saber foi um dos precursores da Teoria dos Redutos, importante para explicar a evolução e a dinâmica de determinados ambientes naturais do território nacional. Esse estudo pioneiro (complementar à Teoria dos Refúgios) foi acompanhado de muitos outros tratando de temas que possuem interface entre as ciências naturais e humanas.
Pesquisou de maneira detalhada o relevo brasileiro, sua gênese e evolução desenvolvendo classificações que se tornaram referência tanto para os estudos geográficos quanto para os de outras ciências. Entre os muitostrabalhos, destaca-se a proposta de análise da estrutura e compartimentarão do relevo brasileiro, estabelecendo associação da geomorfológica com os processos geológicos, edáficos, climáticos e botânicos. É a partir dessa concepção que o professor propôs uma classificação para o que ele chamou de os grandes domínios morfoclimáticos e fitogeográficos do País. Essa proposta de classificação do relevo brasileiro, juntamente com o material cartográfico e os desenhos esquemáticos elaborados é um rico acervo didático, amplamente utilizado no ensino da Geografia nos níveis da Educação Básica e superior.
No campo da geografia humana, dedicou-se em parte à compreensão da interferência do homem no ambiente natural. Nesse sentido, uma de suas preocupações incidia sobre o papel da urbanização como fator de alteração da natureza e seus reflexos no conjunto da sociedade, especialmente de que maneira o crescimento urbano desordenado produzia exclusão e perigos para as pessoas que habitavam as vertentes íngremes e as várzeas inundáveis. Com o enfoque na geografia urbana, Ab’Saber desenvolveu vários trabalhos versando, entre outras, sobre as cidades de Salvador, Porto Alegre, Manaus e São Paulo. No que se refere à última, fez relevantes reflexões sobre o sítio urbano, descrevendo e analisando as diferentes regiões da cidade. Em sua tese de doutorado “A Geomorfologia do Sítio Urbano de São Paulo”, defendida em 1957, observou a ocupação da planície do Rio Tietê com suas colinas no entorno, quando o rio ainda era mandante e a planície uma várzea coberta de pastos onde os animais de serviço pastavam, frequentemente muares que transportavam em suas carroças mercadorias para o centro da cidade. Nessas áreas, havia também, além dos clubes de resgata e natação, os campos de futebol de várzea, chamados “campos de várzea”, onde sugiram tradicionais clubes e importantes jogadores do futebol paulista.





Aziz Nacib Ab’Saber, geógrafo e professor universitário, nasceu no dia 24 de outubro de 1924, e faleceu no dia 16 de março de 2012. Era considerado um dos principais pesquisadores e pensadores brasileiros nas áreas de geografia e meio ambiente. No meio dos debates relativos ao novo Código Florestal em 2011, Aziz Ab’Saber havia defendido a criação o Código da Biodiversidade.
Além da geografia, teve grande interesse pela arqueologia e ecologia. Era Membro Honorário da Sociedade de Arqueologia Brasileira e Professor Emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Apesar de ter se aposentado no final dos anos 1990, manteve-se na ativa.
Era um dos principais pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo), uma das maiores autoridades em geografia física do Brasil. Entre os anos 1993 e 1995, presidiu a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), mantendo-se como presidente de honra nos anos seguintes.
Em sua vida lançou 300 trabalhos acadêmicos com reconhecimento internacional, desenvolveu linhas de estudos sobre os aspectos naturais do Brasil. Na discussão a respeito do Código Ambiental, criticava a alteração das áreas de preservação em áreas particulares, e criticou o zoneamentosfísico e ecológicos do Brasil que não considerava todas as paisagens naturais do país. Ao sugerir o Código da Biodiversidade, o pesquisador pretendia sugerir uma maior proteção de espécies da flora e da fauna.
Trabalhou durante vários anos como professor do ensino básico. Posteriormente lecionou na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e finalmente na Universidade de São Paulo.
Iniciou suas pesquisas na área de geomorfologia e logo passou a incorporar conceitos de diferentes áreas do saber.
Desenvolveu centenas de pesquisas e tratados científicos, dando contribuições importantes para a ecologia, biologia evolutiva, fitogeografia, geologia, arqueologia, além da geografia. Dentre algumas dessas múltiplas contribuições, estão estudos que corroboram a descoberta de petróleo na porção continental na Bacia Potiguar e a coordenação da criação dos parques de preservação da Serra do Mar e do Japi. Os temas abordados incluem exaustivas classificações e levantamentos nos domínios morfoclimáticos e dos ecossistemas continentais sul-americanos, reconstituição de paleoclimas sul-americanos, estudos de planejamento urbano aerolar, pesquisas de geomorfologia climática sul-americana, elaboração de modelos explicativos para adiversidade biológica neo-tropical - Redutos Pleistocênicos - além de estudos sobre rotas de migração dos povos pré-colombianos sul-americanos. Atuou também com medidas para preservação do patrimônio histórico - tombamento do Teatro Oficina) - e teorias da educação, com o fim de incluir currículos setoriais em grades de ensino regionais e nacionais.

DOMINIO MORFOCLIMATICOS

No Brasil, o geógrafo Aziz Ab’Saber foi o responsável por fazer essa classificação. Para ele, o país possui seis grandes domínios morfoclimáticos: Os domínios morfoclimáticos representam a combinação de um conjunto de elementos da natureza – relevo, clima, vegetação – que se inter-relacionam e interagem, formando uma unidade paisagística.


Domínio Equatorial Amazônico: situado na região Norte do Brasil, é formado, em sua maior parte, por terras baixas, predominando o processo de sedimentação, com um clima e floresta equatorial.
Domínio dos Cerrados: localizado na porção central do território brasileiro, há um predomínio de chapadões, com a vegetação predominante do Cerrado.
Domínio dos Mares de Morros: situa-se na zona costeira atlântica brasileira, onde predomina o relevo de mares de morros e alguns chapadões florestados, como também a quase extinta Mata Atlântica.
Domínio das Caatingas: localiza-se no nordeste brasileiro, no conhecido polígono das secas, caracterizado por depressões interplanálticas semiáridas.
Domínio das Araucárias: encontra-se no Sul do país, com predomínio de planaltos e formação de araucárias.
Domínio das Pradarias: também conhecido como domínio das coxilhas (relevo com suaves ondulações), situa-se no extremo Sul do Brasil, no estado do Rio Grande do Sul, com predominância da formação dos pampas e das pradarias.


Entre os seis domínios morfoclimáticos existem as faixas de transições. Nessas faixas são encontradas características de dois ou mais domínios morfoclimáticos. Algumas conhecidas são o Pantanal, o Agreste e os Cocais



Bibliografia
http://blog.atelie.com.br/2012/08/o-geografo-humanista/#.UZFuSrU3tfk



Larissa Fernanda nº12

Tema: Dominio dos Cerrados





Domínio dos cerrados

Introdução

     O cerrado é um domínio geoecológico característico do Brasil Central, apresentando terrenos cristalinos (as chamadas “serras”) e sedimentares (chapadas), com solos muito precários, ácidos, muito porosos, altamente lixiviados e laterizados.

     A expansão contínua da agricultura e da pecuária moderna exige o uso de corretivos com calagens e nutrientes, que é a fertilização artificial do solo. A mecanização intensiva tem aumentado a erosão e a compactação dos solos. A região tem sido devastada nas últimas décadas pela agricultura comercial policultora (destaque para a soja).

     O cerrado apresenta dois estratos: o arbóreo-arbustivo e o herbáceo. As árvores de pequeno porte, com troncos e galhos retorcidos, cascas grossas e raízes profundas, denotam raquitismo e lençol freático profundo.
A produção de lenha e de carvão vegetal continua a ocorrer, apesar das proibições e alertas, bem como da prática das queimadas.

Localização

     O Domínio Geoecológico dos Cerrados ocupa quase todo o Brasil Central, abrangendo não somente a maior parte da região Centro-Oeste, mas também trechos de Minas Gerais, parte ocidental da Bahia e sul do Maranhão / Piauí.

Relevo

     A principal unidade geomorfológica do Cerrado é o planalto Central, constituído por terrenos cristalinos, bastante desgastados pelos processos erosivos, e por terrenos sedimentares que formam as chapadas e os chapadões.

     Destacam-se nesse planalto as chapadas dos Parecis, dos Guimarães, das Mangabeiras e o Espigão Mestre, que divide as águas das bacias do São Francisco e Tocantins.

     Na porção sul desse domínio (MS e GO) localiza-se parte do planalto Meridional, com a presença de rochas vulcânicas (basalto) intercaladas por rochas sedimentares, formando as cuestas Maracaju, Caiapó, etc.

Solos

     No Domínio do Cerrado predominam os solos pobres e bastante ácidos (pH abaixo de 6,5). São solos altamente lixiviados e laterizados, que, para serem utilizados na agricultura, necessitam de corretivos; utiliza-se normalmente o método da calagem, que é a adição de calcário ao solo, visando à correção do pH.

     Ao sul desse domínio (planalto Meridional) aparecem significativas manchas de terra roxa, de grande fertilidade natural (região de Dourados e Campo Grande).

Hidrografia

     A densidade hidrográfica é baixa; as elevações do planalto Central (chapadas) funcionam como divisores de águas entre as bacias Amazônica (rios que correm para o norte) e Platina (Paraná e Paraguai que correm para o sul) e do São Francisco.

     São rios perenes com regime tropical, isto é, as cheias ocorrem no verão e as vazantes no inverno.

Clima

     O principal clima do Cerrado é o tropical semiúmido; apresenta estações do ano bem definidas, uma bastante chuvosa (verão) e outra seca (inverno); as médias térmicas são elevadas, oscilando entre 20 °C a 28 °C e os índices pluviométricos variam em torno de 1 500 mm.

Vegetação

     O Cerrado é a vegetação dominante; apresenta normalmente dois estratos: um arbóreo-arbustivo, com árvores de pequeno porte (pau-santo, lixeira, pequi) e outro herbáceo, de gramíneas e vegetação rasteira com várias espécies de capim (barba-de-bode, flechinha, colonião, gordura, etc.).

     Os arbustos possuem os troncos e galhos retorcidos, caule grosso, casca espessa e dura e raízes profundas. O espaçamento entre arbustos e árvores é grande, favorecendo a prática da pecuária extensiva.

     Ao longo dos rios, conseqüência da maior umidade do solo, surgem pequenas e alongadas florestas, denominadas Matas Galerias ou Ciliares. Essas formações vegetais são de grande importância para a ecologia local, pois evitam a erosão das margens impedindo o assoreamento dos rios; favorecem ainda a fauna e a vida do rio.




Fotos
Localização:


Relevo:



Planalto das chapadas dos Parecis          



Planalto das chapadas dos Guimarães


Planalto das chapadas dos Guimarães






Planalto das chapadas do Espigão Mestre

Solo:











Hidrografia:













Vegetação:


















Clima:














Isabela Lima nº6
Tema: Domínio das araucárias 




                                DOMÍNIO DAS ARAUCÁRIAS
* Localização
Esse domínio está localizado nos Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná, onde se observa uma estrutura geológica que alterna camadas de arenito e basalto, que contribui para a ocorrência dos solos de terra-roxa, de elevada fertilidade natural devido à constituição argilosa e ao alto teor de ferro presente em sua constituição.



* Relevo
O Domínio das Araucárias ocupa áreas pertencentes ao Planalto Meridional do Brasil; as altitudes variam entre 800 e 1 300 metros; apresentam terrenos sedimentares (Paleozóico), recobertos, em parte, por lavas vulcânicas (basalto) datadas do Mesozóico.
Além do planalto arenito basáltico, surge a Depressão Periférica e suas cuestas. São relevos salientes, formados pela erosão diferencial, ou seja, ação erosiva sobre rochas de diferentes resistências; apresentam uma vertente inclinada, denominada frente ou front e um reverso suave. Essas frentes de cuestas são chamadas serras: Geral, Botucatu, Esperança, surge também a Depressão Periférica e suas cuestas. São relevos salientes, formados pela erosão diferencial, ou seja, ação erosiva sobre rochas de diferentes resistências




* Clima
A Floresta de Araucárias está associada com a ocorrência do clima Subtropical de temperaturas moderadas, com chuvas bem distribuídas no decorrer do ano e elevada amplitudes térmicas, sofrendo a influência da massa Polar Atlântica.
Durante o verão elas são provocadas pela massa de ar Tropical Atlântica. No inverno, é freqüente a penetração da massa Polar Atlântica.
Forte influência da massa de ar Polar Atlântica principalmente no outono e no inverno, quando é responsável pela formação de geadas, quedas de neve em São Joaquim (SC), Gramado (RS) e São José dos Ausentes (RS), chuvas frontais e redução acentuada de temperatura.








 * Vegetação
O Domínio das Araucárias apresenta o predomínio da floresta aciculifoliada subtropical ou floresta das Araucárias. Originalmente, localizava-se das terras altas de São Paulo até o Rio Grande do Sul, sendo o único exemplo brasileiro de conífera. Também denominada mata dos Pinhais, apresenta as seguintes características gerais:
• Os pinheiros apresentam folhas em forma de agulha (aciculifoliadas).
• Ocupam principalmente os planaltos meridionais do Brasil.
• É uma formação vegetal menos densa.
• Foi intensamente devastada.
Essa floresta adapta-se ao clima úmido, com precipitações superiores à 1200 mm por ano, e à altitudes mais elevadas; no Sul do país sempre ocorre acima de 600 m e na Serra da Mantiqueira, localizada no Brasil tropical, só aparece nas áreas acima de 1200m.

* Hidrografia
O Domínio das Araucárias é drenado, principalmente, por rios pertencentes às bacias Paranaica e do Uruguai (alto curso).
São rios de planaltos com belíssimas cachoeiras e quedas, o que lhes confere um elevado potencial hidráulico.
Embora o Paraná apresente um regime tropical, com cheias de verão (dezembro a março), a maior parte dos rios desse domínio possui regime subtropical (Uruguai, por exemplo), com duas cheias e duas vazantes anuais, apresentando pequena variação em sua vazão, conseqüência do regime de chuvas, distribuído durante o ano todo.


* Atualmente
A região das araucárias foi povoada no final do século XIX, principalmente por imigrantes italianos, alemães, poloneses, ucranianos etc. Com isto, os estrangeiros diversificaram a economia local, o que tornou essa região uma das mais prósperas economicamente.
A Mata de Araucárias já sofreu uma grande devastação e dela restam apenas alguns pequenos núcleos de floresta original. O seu desaparecimento deve-se à extração de
madeiras e também esteve relacionado coma expansão da agricultura, só que, nesse caso foi a pequena produção comercial desenvolvida pelas famílias dos descendentes de imigrantes que ocuparam o sul do país.



Letícia de Fátima   nº15
Tema : Domínios das Pradarias



Domínio Morfoclimático das Pradarias

Domínio representado pelo Pampa, ou Campanha Gaúcha,onde o relevo é baixo, com suaves ondulações (coxilhas) e  coberto pela vegetação herbácea das pradarias (campos).A ocupação econômica desse domínio tem-se efetuado pela pecuária extensiva de corte, com gado tipo europeu, obtendo altos rendimentos e pela rizicultura irrigada.

Domínio das Pradarias - relevo baixo, com suaves ondulações.


Situação Geográfica
Situado ao extremo sul brasileiro, mais exatamente a sudeste gaúcho, o domínio morfoclimático das pradarias compreende uma extensão, segundo Ab’Saber, de 80.000 km² e de 45.000 km² de acordo com Fontes & Ker – UFV. Tendo como cidades importantes em sua abrangência: Uruguaiana, Bagé, Alegrete, Itaqui e Rosário do Sul.


O clima


  O clima da região é ameno devido a sua posição subtropical, e o regime de chuvas é constante e há ocorrências de geadas nos meses mais frios. O clima da região é denominado subtropical úmido.
As pradarias tropicais são quentes durante o ano, mas as pradarias temperadas têm estações quentes e frias.

http:



Características do Povoamento
Território mãe da cultura gauchesca, suas tradições ultrapassam gerações, demonstrando a força da mesma. Caracterizado por um baixo povoamento, a região destaca-se grandes pelos latifúndios agropastoris, que são até hoje marcas conhecidas dos pampas gaúchos. Os jesuítas iniciaram o povoamento com a catequização dos índios e posteriormente surgem as povoações de charqueadas. Passando por bandeirantes e tropeiros, as pradarias estagnam esse processo (ciclo do charque) com a venda de lotes de terras para militares, pelo governo federal. Devido à proximidade geográfica com a divisão fronteiriça de dois países (Argentina e Uruguai), ocorreram várias tentativas de anexação dos pampas a uma destas nações – devido aos tratados de Madrid e de Tordesilhas. Mas as tentativas foram inválidas, hoje os pampas continuam sendo parte do território brasileiro.

Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
Como é uma área também chamada de pradarias mistas, o solo condiz ao mesmo. Segundo Ab’Saber, que o caracteriza como diferente de todos os outros domínios morfoclimáticos, existindo o paleossolo vermelho e o paleossolo claro, sendo de clima quente e frio. Denominado um solo jovem, devido guardar materiais ferrosos e primários, sua coloração vêem a ser escura. Estabelecido por um clima subtropical com zonas temperadas úmidas e sub-úmidas, a região é sujeita a sofrer alguma estiagem durante o ano. Sua amplitude térmica alcança índices elevados, como em Uruguaiana, considera a mais alta do Brasil, com 7° a/a. Isto evidencia suas limitações agrícolas, pois o solo é pouco espesso e têm indícios de pedrugosidade. Assim, caracteriza-o a uma atividade pastoril de bovinos e ovinos. Com a utilização do solo sem controle, denota-se um sério problema erosivo que origina as ravinas e posteriormente as voçorocas. Esse processo amplia-se rapidamente e origina o chamado deserto dos pampas. A drenagem existente é perene com rios de grande vazão, como: Rio Uruguai, Rio Ibicuí e o Rio Santa Maria.


Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis
O domínio morfoclimático das Pradarias detém importantes reservas biológicas, como a do Parque Estadual do Espinilho (Uruguaiana e Barra do Quarai) e a Reserva Biológica de Donato (São Borja). As condições ambientais atuais fora desses parques, são muito preocupantes. Com o início da formação de um deserto que tende a crescer anualmente, essa região está sendo foco de muitos estudos e projetos para estagnar esse processo. Devido ao mau uso da terra pelo homem, como a monocultura e as queimadas, essas darão origem as ravinas, que por sua vez farão surgir às voçorocas. Como o solo é muito arenoso e a morfologia do relevo é levemente ondulado, rapidamente os montantes de areia espalham-se na região ocasionados pela ação eólica. Em virtude a tudo isso, poucas medidas estão sendo tomadas, exceto os estudos feitos. Assim, as autoridades locais deverão estar alerta, para que esse processo erosivo tenha um fim antes que torne toda as pradarias num imenso deserto.




bibliografia : 


http://cta2009-2-dominios-morfoclimaticos.blogspot.com.br/2009/05/dominio-morfoclimatico-das-pradarias.html


http://pradariasgeo.webnode.com.br/clima/





Jessica Maria 
Tema: Cultura gaucha 

Introdução

Estar como foco cultura gaúcha e seus costumes, abordando noção histórica representada através do Tradicionalismo como marca do regionalismo do Rio Grande do Sul. Seeu hábito de tomar chimarrão, a sua gastronomia muito rica, como o churrasco, o carreteiro, o gosto pelos cavalos, o gado, a terra, do seu chão riograndense. Visitar o Rio Grande do Sul, suas regiões, baile gaúcho, um festival de músicas nativistas, rodeio, o tiro de laço,povo gaúcho e a sua identidade e preservação das tradições, do folclore.

Grandes artistas, músicos, pajadores, declamadores, cantores, poetas, gaiteiros, escritores manifestam seu apego pelo Rio Grande através da arte, que conservam acesa a chama crioula que fortalece e mantém a essência do nativismo, da identidade do gaúcho, através da cultura gaúcha. Com a arte e cultura, o Rio Grande do Sul, atravessou fronteiras levando a bandeira do Rio Grande nos demais estados do Brasil, fez com que a preservação da identidade e dos hábitos , costumes, e o encontro de gaúchos, de conterrâneos possa ser realizada sempre, em um centro de tradições gaúcha. Quando se analisa a história do gaúcho, pode-se observar que há certa resistência na interação com a sociedade nacional, interação esta inevitável. No entanto, o que chama atenção é o fato de alguns gaúchos não admitirem, até certo ponto, essa interação e tentarem se manter como um grupo homogêneo e distante dos outros, mesmo nos dias atuais – com ressalvas, é claro. Existe uma forte identidade entre os gaúchos, uma herança cultural baseada em tradições e costumes que são transmitidos de forma arraigada de geração para geração.

                       

                          Cultura gaúcha e separatismo no rio grande do sul

Quando se analisa a história do gaúcho, pode-se observar que há certa resistência na interação com a sociedade nacional, interação esta inevitável. No entanto, o que chama atenção é o fato de alguns gaúchos não admitirem, até certo ponto, essa interação e tentarem se manter como um grupo homogêneo e distante dos outros, mesmo nos dias atuais – com ressalvas, é claro. Existe uma forte identidade entre os gaúchos, uma herança cultural baseada em tradições e costumes que são transmitidos de forma arraigada de geração para geração.

Historia Guanches ou Guanchos gentílico dos habitantes das Ilhas Canárias na fundação de Montevidéu. Gaúcho foi o Guancho fugido de Montevidéu. Quando o Rei da Espanha mandou casais de agricultores das ilhas Canárias povoarem a recém-fundada Montevidéu (1724), eles transplantaram a palavra pela qual identificavam os habitantes autóctones das ilhas: guanches, ou guanchos. Próximo ao Rio Cebollatí no Uruguai, foi formada uma espécie de republiqueta fortificada gaúcha decontrabandistas canários como uma forma de defesa das tropas de Portugal e Espanha.
"Los gauchos" de José María Pérez Núñez. Em Rocha e toda a área da Lagoa Mirim e Bagé (agora no Brasil), onde os gaúchos são nascidos. Os Gaúchos (fugidos) da fronteira Portugal - Espanha não eram Guanchos, eles eram Gaúchos descrição de pessoas de hábitos nômades, ciganos, moradores em barracas ou tendas, brancos pobres, de miscigenação moura, vinda da Espanha - fugidos que viraram índios ou índios aculturados pelas Missões que não possuíam terras e vendiam sua força de trabalho a criadores de gado nas regiões de ocorrência de campos naturais do vale da Lagoa Mirim, entre os quais o pampa, planície do vale do Rio da Prata e com pequena ocorrência no oeste do estado do Rio Grande do Sul, limitada, a oeste, pela cordilheira dos Andes.
O gentílico "gaúcho" foi aplicado aos habitantes da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul na época do Império Brasileiro, por motivos políticos, para identificá-los como beligerantes até o final da Guerra dos Farrapos, sendo adotado posteriormente pelos próprios habitantes por ocasião da pacificação de Caxias, quando incorporou muitos soldados gaúchos ao Exército ao final do Confronto, sendo Osório um gaúcho que participou da Guerra do Paraguai e é patrono da arma de Cavalaria do Exército Brasileiro, quando valores culturais tomaram outro significado patriótico, os cavaleiros mouros se notabilizaram na Guerra ou Confronto com o Paraguai. Também importante para adoção dessa cultura viva para representação do Estado do Rio Grande do Sul é a influência do nativismo argentino, que no final do século XIX expressa a construção de uma das maiores culturas se não a maior do Brasil.
Na Argentina, o poema épico Martín Fierro, de José Hernández escrita em Santana do Livramento no RS. A patria gaúcha onde ele aprende a palavra Gaúcha do uruguaio Lussich (livro deo Treis Gaúchos Orientales - 1872) e dos próprios riograndeses, exemplifica a utilização do elemento gaúcho como o símbolo da tradição nacional da argentina, uruguaia e brasileira em contradição com a opressão simbolizada pela europeização. Martín Fierro, o herói do poema, é um "gaúcho" recrutado a força pelo exército argentino, abandona seu posto e se torna um fugitivo caçado.

Os gaúchos apreciam mostrar-se como grandes cavaleiros e o cavalo do gaúcho, especialmente o cavalo crioulo, "era tudo o que ele possuía neste mundo". Durante as guerras do século XIX, que ocorreram na região, atualmente conhecida como Cone Sul, as cavalarias de todos os países eram compostas quase que inteiramente por bravos cavaleiros gaúchos.



Vestimenta ou Indumentária


Lendas Angóera

Nos sete povos das Missões vivia um índio triste, que se escondia de tudo. Era quase um fantasma e por isso chamado de Angoéra (fantasma, em guarani). Caverá
O Caverá é uma região na fronteira-oeste do Rio Grande do Sul, ouriçada de cerros, que se estende entre Rosário do Sul e Alegrete. De lá vem uma macanuda lenda. Imembuí
Imembuí é a história / lenda da criação da cidade de Santa Maria. Veja como a índia mais linda da aldeia, primogênita do cacique, enamorou-se pelo homem branco... João-de-barro
Contam os índios que, há muito tempo, numa tribo do sul do Brasil, um jovem se apaixonou por uma moça de grande beleza. E como aconteceu a transformação que gerou o pássaro joão-de-barro. Lagoa Vermelha
Os padres jesuíta fugiam dos bandeirantes. E nessa fuga tratavam de levar consigo tudo o que podiam carregar. O que não podiam, queimavam ou enterravam. M'boitatá
Em tempos mui antigos, que as gentes mal se lembram, houve um grande dilúvio, que afogou até os cerros mais altos. Pouca gente e poucos bichos...

Gaúcho

Originariamente, o termo foi aplicado, em sentido pejorativo (como sinônimo de ladrão de gado e vadio), aos mestiços e índios, espanhóis e portugueses que naquela região, ainda selvagem, viviam de prear o gado que, fugindo dos primeiros povoamentos espanhóis, se espalhava e reproduzia livremente pelas pastagens naturais. Igualmente livre, sem patrão e sem lei, o gaúcho tornou-se hábil cavaleiro, manejador do laço e da boleadeira.
No séc. XVIII, foi o gaúcho brasileiro um instrumento de fixação portuguesa no Brasil meridional, contribuindo para a manutenção das fronteiras com as regiões platinas. Com o estabelecimento das fazendas de gado e com a modificação da estrutura de trabalho, o gaúcho perdeu seus hábitos nômades, enquadrando-se na nova sociedade rural como trabalhador especializado: era o peão das estâncias.
O reconhecimento de sua habilidade campeira e de sua bravura na guerra fez com que o termo "gaúcho" perdesse a conotação pejorativa. Paralelamente, surgiu uma literatura gauchesca, incorporando as lendas de sua tradição oral e as particularidades dialetais, e exaltando sua coragem, apego à terra, seu amor e liberdade.

Festas ENART

O Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (ENART), tem por finalidade a preservação, valorização e divulgação das artes, tradições e cultura popular do Rio Grande do Sul. Festa da uva
Festa dos imigrantes italianos. A história que é contada aos visitantes da Festa da Uva é inspirada na saga dos imigrantes que chegaram em 1875, oriundos das regiões italianas de Lombardia, Vêneto e Tirol. Festa do Divino
Conheça a Festa do Divino. Uma cerimônia religiosa outrora muito comum nos pampas rio-grandenses e documentada por mestre Paixão Côrtes! Festa junina ou festa caipira?
Por que existe a cultura do "caipira" em nossas festas juninas? Leandro de Araújo questiona o assunto com muita propriedade sobre as diferenças. Festas juninas
Conheça as legítimas festas juninas gauchescas (Santo Antonio, São João, São Pedro etc.) pela escrita do antropólogo Antonio Augusto Fagundes. Natal gaúcho
Papai Noel faz parte das tradições do pampa? Sim? Não? Leia o que Paixão Côrtes tem a dizer e pesquisou sobre o assunto e um depoimento pessoal do Cohen. Oktoberfest
A Oktoberfest se espelha na festa realizada na Alemanha, quando o Rei Luis I, comemorou seu casamento com Tereza da Saxônia, organizando uma festa com corrida de cavalos. Terno dos reis
Festividade tradicional, sedimentada nos acontecimentos referidos pela Sagrada Escritura e herança que nos legaram os portugueses colonizados.





Bibliografia: http://www.paginadogaucho.com.br/ http://www.culturagaucha.com.br/













Evellyn Wasser nº02
Tema:Yamandú Costa


Yamandú Costa

Yamandú costa nasceu em Passo Fundo, no interior do estado do Rio Grande do Sul, no dia 24 de janeiro de 1980 e é considerado um dos maiores violonistas do Brasil.
Filho da cantora Clari Marson e do multi-instrumentista e professor de música Algacir Costa. Começou a estudar violão aos sete anos de idade com o pai, Algacir Costa, líder do grupo Os Fronteiriços e aprimorou-se com Lúcio Yanel, amigo de Algacir, que ficou alojado por um tempo na casa dele. Até os quinze anos, sua única escola musical era a música folclórica do Sul do Brasil, Argentina e Uruguai. Depois de ouvir Radamés Gnatalli começou a procurar por outros brasileiros como Baden Powell, Tom Jobim e Raphael Rabello. Aos dezessete anos apresentou-se pela primeira vez em São Paulo no Circuito Cultural Banco do Brasil, produzido pelo Estúdio Tom Brasil, e a partir daí passou a ser reconhecido como músico revelação do violão brasileiro.
Yamandu toca estilos diversos como choro, bossa nova, milonga, tango, samba e chamamé, difícil enquadrá-lo em uma corrente musical principal, dado que mistura todos os estilos e cria interpretações de rara personalidade no seu violão de sete cordas.
Considerado um dos maiores talentos do violão brasileiro, Yamandu Costa é uma referência mundial na interpretação da nossa música, a qual domina e recria a cada performance, inclusive em suas composições. Quem o vê no palco percebe seu incrível envolvimento, sua paixão pelo instrumento e pela arte. Sua criatividade musical se desenvolve livremente sobre uma técnica absolutamente aprimorada, explorando todas as possibilidades do violão de 7 cordas, renovando antigos temas e apresentando composições próprias de intenso brilho, numa performance sempre apaixonada e contagiante.
Revelando uma profunda intimidade com seu instrumento e com uma linguagem musical sem fronteiras, percorreu os mais importantes palcos do Brasil e do mundo, participando de grandes festivais e encontros, vencedor dos mais relevantes prêmios da musica brasileira. Em 2010, o CD Luz da Aurora com Hamilton de Holanda foi indicado para o Grammy Latino.
Em 2012 ganhou em Cuba o Prêmio Internacional Cubadisco pelo CD Mafuá e uma Menção do Prêmio ALBA pelo CD Lida.
Yamandu é na atualidade o músico brasileiro que mais se apresenta no exterior abrangendo os mais diversos países do globo: França, Portugal, Espanha, Bélgica, Alemanha, Itália, Áustria, Suíça, Holanda, Suécia, Noruega, Finlândia, Estônia, Eslovênia, Rússia, Lituânia, Sérvia, Grécia, Macedônia, Israel, Chipre, Índia, China, Japão, Coréia do Sul, Zimbabwe, Cabo Verde, Emirados Árabes, Austrália, USA, Canadá, Equador, Cuba, Colômbia, Chile, Argentina e Uruguai.
- Discografia

·         2010 - Lado B (com Dominguinhos)
·         2010 - Yamandú Valter
·         2008 - Mafuá
·         2007 – Lida
·         2007 – Yamandu + Dominguinhos
·         2007 – Ida e Volta
·         2006 – Tokyo Session
·         2005 – Música do Brasil Vol.I (DVD)
·         2005 – Yamandu Costa ao Vivo (DVD)
·         2005 – Brasileirinho
·         2004 – El Negro Del Blanco (com Paulo Moura)
·         2003 – Yamandu ao Vivo
·         2001 – Yamandu
·         2000 – Dois Tempos (com Lúcio Yanel)
- Prêmios e festivais

·         Incluído na lista 30 maiores ícones brasileiros da guitarra e do violão (Categoria: Raízes Brasileiras) da revista Rolling Stone Brasil - 2012.12
·         Prêmio da Música Brasileira - Instrumental - Melhor Disco e Melhor Solista - 201013
·         Prêmio Líderes & Vencedores - Categoria Expressão Cultural (junto com Luciano Alabarse e Therezinha Cardona) - 200514
·         Prêmio Tim - Melhor Solista - 20047
·         Free Jazz Festival 2001 - Rio e São Paulo
·         Festival de Guitarra do Chile - 2001
·         Vencedor do Prêmio Visa Edição Instrumental - 200115 16
·         Circuito Cultural Banco do Brasil - 1999 - Participação
·         Festival de Nashville (EUA) - 1998
·         Troféu de Revelação de Música Instrumental do Estado do Rio Grande
·         25º Prêmio de melhor instrumentista do RS
·         Show em Montevidéu - 1998
·         Turnê em Bueno Aires - 1998
·         Vencedor do Prêmio Califórnia da Canção Nativa, em Uruguaiana – 1995

Vídeos de Músicas
Choro loco
Perigoso
Graúna

Bibliografia